Folha Queimada

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Desculpas...

Freqüentadores desse blog desatualizado: mil perdões!!!!
Meu computador ficou órfão nessas férias (a placa mãe morreu!) e estou com dificuldades de acesso à Internet!
Prometo que, assim que a coisa se estabilizar, colocarei vários posts novos!

beijinhos chapados (de cerveja, por enquanto!)

quinta-feira, dezembro 09, 2004

A sedução do esquecimento

Descobri exatamente o que significa um apelido que uso por um tempo na Internet (Anandamida) nas páginas (muito legais) da SUPERINTERESSANTE:

"MACONHA

A sedução do esquecimento

Outra arma de sedução vegetal seria atender o desejo humano por intoxicação. A maconha prosperou graças a ele. O THC, composto químico ativo da planta, deixa os predadores confusos - é um mecanismo de defesa. Mas por que ele nos atrai? A pista é dada pelo israelense Raphael Mechoulam, que encontrou no cérebro humano uma substância parecida com o THC. Batizou-a de anandamida, da raiz do sânscrito ananda, "alegria beatífica". Segundo Mechoulam, fabricamos tal droga para nos esquecermos de algumas coisas. "Você gostaria de se lembrar de todos os rostos com que cruza no metrô?", diz. Esquecer é tão importante quanto lembrar. E a alteração da consciência parece estar ligada ao prazer e à transcedência. Para a planta da maconha, é muito mais: trata-se de uma questão de vida ou morte."

Parte da matéria Táticas Vegetais, SUPERINTERESSANTE, edição206, novembro de 2004

quarta-feira, dezembro 08, 2004

Novo endereço...

Esse blog, por muito tempo esquecido, estava em outro endereço. A mudança pra esse novo local facilitará minha vida para atualizá-lo!

Antigos leitores: PROMETO atualizar com muuuuito mais freqüência! Agora que terei mais de um mês de férias, e o meu computador logo voltará de seu coma, tudo será mais fácil!



CANNABIS CAFÉS - LEGALIZAR????

Artigo publicado na Speak Up, em algum mês do ano de 2002, e traduzido por Nanda.

CANNABIS CAFÉS - LEGALIZAR????

A Grã-Bretanha rompeu com os Estados Unidos. Pelo menos na forma de combater a maconha, optando pela tolerância. Já antevendo essa mudança, os empresários do setor se organizaram para tirar proveito. Quem estará certo?
No começo de 2002 a Grã-Bretanha estava atordoada pela exposição constante à maconha. Por qualquer razão a droga estava presente na mídia. Os representantes sindicais consideravam-na uma alternativa para o chocolate. Os doentes precisavam para o alívio das dores. E até o príncipe Harry escandalizou a nação por ficar “chapado” também. Nesse meio tempo o governo decidiu reduzir a pena pelo uso da maconha, e por toda a Grã-Bretanha uma dúzia de Cannabis Cafés de estilo holandês estão se preparando para abrir. Um dos primeiros será em Edimburgo.
O editor Kevin Williamson me contou sobre o tipo de lugar que está planejando inaugurar:
Kevin Williamson: Eu gostaria que fosse um ambiente diferente dos pubs normais. Eu não quero que seja lotado de bêbados briguentos e toda aquela cultura de violência machista que... bem, nem todos os pubs são assim, mas podemos encontrar esse tipo de ambiente nas Escócia todas as noites de sexta e sábado. O que eu quero é um lugar descontraído, onde você pode ir, sentar e conversar, ouvir música boa - um lugar cultural: teremos uma livraria, você sabe, e teremos apenas... um lugar para sentar e conversar.
Rebel Inc
O nome do café será Rebel Inc. É também o nome da editora de Kevin Williamson, que descobriu escritores com Irvine Welsh, famosos pelo romance “Transpotting”, que foi adaptado para um filme de grande sucesso. A história de passa no mundo esquálido dos dependentes de heroína de Edimburgo. O problema das drogas pesadas é também umas das motivações para Williamson abrir seu café:
Kevin Williamson: Bem, por outro lado você tem o problema das drogas pesadas, que saíram do controle na Grã-Bretanha. Temos os piores problemas com esse tipo de entorpecentes em toda a Europa. Temos estimativas, hoje, de 30 a 50.000 dependentes de heroína na Escócia. Nós temos os níveis mais altos de todos os tempos de mortes causadas por drogas. E eu acho que uma das primeiras reações é estabelecer uma diferença entre a cultura da heroína e a cultura da maconha - tirar a maconha da equação e para de desperdiçar o tempo da polícia. Há muitas razões, mas o momento é esse porque a maconha foi reclassificada. O governo britânico está se distanciando das regras americanas há muito tempo e isso significa que é essa a hora certa de ir um pouco mais longe e ter a certeza de resolver essa questão de uma vez por todas.
A indústria do sexo
Kevin Williamson espera que a reclassificação da maconha - da classe B para a classe C - irá contribuir para o funcionamento do Rebel Inc. Em Stockport, Manchester, um Cannabis Café aberto em setembro passado foi atacado várias vezes. Williamson espera também que Edimburgo seja mais receptiva. A cidade já possui uma maneira inovadora de lidar com a questão da prostituição:
Kevin Williamson: A polícia de Edimburgo, as autoridades locais e os donos das saunas entraram em um acordo informal - não diferente do que acontece em Amsterdã entre a polícia, as autoridades locais e os donos de coffee-shop. E isso é baseado em puro pragmatismo - por que manter esse assunto no submundo, se isso só vai gerar maiores problemas? Então, o que foi feito, diferente de Glascow, onde tentaram manter as prostitutas nas ruas e conseguiram, Edimburgo conseguiu manter a prostituição sob controle, até certo ponto, no sentido que há apenas aproximadamente 20 ou 30 prostitutas de rua em Edimburgo, em contradição às mais de mil em Glascow. Em Edimburgo houve apenas um caso de assassinato de prostituta nos últimos 10 anos, e foi resolvido em dois dias. Em Glascow, houve 11 casos não resolvidos. Se funcionou para as prostitutas, se funcionou para a indústria do sexo em Edimburgo, então por q não funcionaria para a questão da maconha? Você sabe, por que manter isso no submundo se só causa mais problemas?
Suporte Real
As pesquisas sugerem que o café de Williamson será popular em Edimburgo - 80% das pessoas aprovam a idéia. E ele também pode ter suporte real. Apesar dos seus princípios socialistas, ele me contou que ficará muito contente em receber o príncipe Harry, assim que ele fizer 18 anos.
Kevin Williamson: Sem problemas. Ele pode entrar, ele será bem-vindo para sentar e provavelmente conseguirá maconha de melhor qualidade no coffee-shop do que com seus amigos do pub. Sem problemas mesmo. Na verdade, mandarei um convite quando o café abrir.
OS TEMPOS ESTÃO MUDANDO...
Por muitos anos a atitude britânica em relação a todas as drogas recreacionais tem sido de “tolerância zero”. Agora, em relação à maconha passou a ser mais tolerante. Em outubro passado o Ministro do Interior David Blunkett comandou um estudo sobre a droga e concluiu que ela não é tão perigosa quanto imaginavam. Os especialistas compararam a droga com uma ida a uma academia de ginástica, e recomendaram que a maconha deve ser reclassificada. Em julho de 2003, ela deverá passar da categoria B das substâncias ilegais pra a categoria C, junto com esteróides e anfetaminas. Mas não sem controvérsias: o Consultor Governamental Keith Hellawell renunciou em protesto logo após o ministro Tony Blair ter defendido o movimento. Blunkett, em parte, baseou sua decisão no esquema “lighter touch” de Lambeth, Sul de Londres (onde a polícia não prende mais as pessoas por possuírem pequenas quantidades da droga). Antecipando a mudança da lei, mais duas zonas de tolerância oficialmente ilegais apareceram em Manchester e Bournemouth, onde estão localizados os primeiros coffee-shops holandeses do país - o Dutch Experience (Experiência Holandesa) e Dutch Experience 2, que foi inaugurado em abril passado. Nol van Schaink, um fisiculturista holandês, fundou os dois negócios e está planejando abrir outros.Ele afirma ter se inspirado nos ativistas que mudaram a lei em seu país, repetidamente testando-a. Desde os anos 70 os holandeses tratam as drogas como um problema social, e não criminal, e toleram o uso da maconha - mesmo tendo taxas menores que as britânicas de uso de drogas leves e pesadas. Enquanto esses fatos vêm encorajando países por toda a Europa a liberar suas leis, nos Estados Unidos a “guerra contra as drogas” continua. Estima-se que 10 milhões de americanos fumam maconha regularmente. E 700.000 desses usuários passam por volta de um ano na cadeia por um simples cigarro de maconha.

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

ESCALA DE GRASS

A Escala de Grass (criada em Dezembro de 96 em uma "viagem espiritual") foi baseada na Escala de Glascow, que avalia o estado de um paciente comatoso.

É dada uma nota de 0 a 5 em três categorias: LARICA, RESPOSTA VERBAL e INTERAÇÃO COM O MEIO. Soma-se e com a pontuação é possível fazer o disgnóstico. Não existe uma hora certa para se fazer o teste. Sendo uma nota variável, é interessante calcular no início da chapadeira e sucessivamente, para ver que caminho você vai (ou fica).

BOA SORTE!

RESPOSTA À LARICA:
5 - Diz que está de dieta.
4 - Aceita algo doce.
3 - Decide fazer um lanche.
2 - Talvez um MacDonalds...
1 - Talvez uma churrascaria...
0 - Vai à uma churrascaria e na volta passa pelo MacDonalds.

RESPOSTA VERBAL:
5 - Fala palavras e forma frases de conteúdo.
4 - Fala palavras e forma frases sem conteúdo.
3 - Fala palavras mas nem forma frases.
2 - Resmunga.
1 - Só respira.
0 - Nem isso!

INTERAÇÃO COM O MEIO:
5 - Interage com o meio.
4 - Pseudo-interage com o meio.
3 - Se perde do meio.
2 - Não sabe no meio de que se meteu.
1 - Se esquece o que é meio.
0 - Dorme.

FÓRMULA DIAGNÓSTICA:
Gr = (RESPOSTA À LARICA) + (RESPOSTA VERBAL) = (INTERAÇÃO COM O MEIO)

Gr= 15-13 - Bom estado mental.
Gr= 12-10 - Estado mental duvidoso.
Gr= 9-7 - Sem compromisso intelectual.
Gr= 6-4 - Confusão mental.
Gr= 3-1 - Where is my mind?
Gr= 0 - Coma cannabiol.

Decálogo - Fernando Gabeira

Texto extraído do site: www.fortalnet.com.br/rkelmer/rkcannabis.htm em 10/05/2000.

DECÁLOGO
By Fernando Gabeira

Existe na natureza uma planta estratégica para o mundo moderno. Capaz de entrelaçar duas lutas vitais deste fim de século - o desenvolvimento sustentável e as liberdades individuais. Cannabis Sativa é o nome da planta. estratégica, porém proibida. A seguir, dez maneiras de dizer uma coisa só: Legalize!
1. Não é de hoje que a Cannabis Sativa é usada pelo homem. Em 2800 antes de Cristo ela já era cultvada pelos chineses para extração de fibra. As caravelas usads na descoberta da América tinham suas velas feitas a partir da Cannabis Sativa (mais tarde, Napoleão tentaria liquidar a Marinha britânica barrando a chegada da cannabis russa). estima-se que, no final do século passado, até 90% dopapel usado no mundo provinha de cannabis, da qual foi feita a primeira Constituição dos Estados Unidos. Os primeiros jeans também forma feitos da fibra da planta. De uma maneira ou de outra, a cannabis atravessa toda a história da Humanidade.
2. Seria, então, uma planta milagrosa? Quase. Da cannabis pode-se extrair 25 mil produtos de uso esencial para a sociedade moderna. Roupas, calçados, produtos de beleza, óleo de cozinha, chocolate, sabão em pó, papel, tintas, isolantes, combustível, material de construção, carrocerias de carro e muitos outros produtos fazem da cannabis uma matéria-prima valiosa para a indútria mundial.
3. A cannabis sempre foi usada como instrumento religioso. Suas sementes eram queimadas pelos sacerdotes para produzir transes místicos. Seu uso com fins recreativos começou entre os gregos, nos grandes banquetes.
4. O uso industrial da Cannabis Sativa foi em grande parte sufocado por uma campanha agressiva de um concorrente direto: a indústria do petróleo. Em 1940, Henry Ford chegou a produzir um carro com a fibra da cannabis e movido a óleo da semente da planta. Nos anos seguintes os conservadores norte-americanos procuraram estigamatizar a planta, atacando seu uso como droga e apelidando-a de Marijuana - um apelo ao racismo contra os mexicanos. a campanha resultou na proibição da Cannabis Sativa nos EUA.
5. Também no Brasil, as dificuldade para o uso industrial da cannabis provêm de uma campanha de viés racista contra a maconha. Os negros africanos que chegavam como escravos traziam as sementes em suas tangas e se reuniam à noite para fumar e cantar. Cientistas procuraram depreciar aquele hábito, tentando, sem sucesso, evitar sua difusão entre os brancos.
6. A cannabis tem um grandes poder medicinal. Na China era usada como anestésico. Hoje, é considerada um grande remédio contra o enjôo provocado pela quimioterapia contra o câncer. É aceita também no tratamento de glaucoma e pode ser usada contra a asma e o estresse. Muitos pacientes com AIDS a utilizam para abrir o apetite e ganhar peso, reunindo forças para resistir.
7. As pesquisas médicas indicam que a cannabis faz menos mal que o tabaco ou o álcool. Diferente este, é inofensiva para terceiros, pois não provoca agressividade ou descontrole emocional. Não há indícios de dependentes de cnnabis nas clínicas brasileiras. Diz-se que a dose mortal de cannabis são dois quilos jogados do 25º andar de um prédio.
8. A proibição do uso da cannabis sativa tem sido pretexto para uma das formas mais hipócritas de violência contra o cidadão. Pessoas de bem são abordadas como criminosos e arrancadas de sua tranqüilidade, nos já famosos "teatros" de agressão e extorsão da polícia. A lei encaminhada no Congresso discriminalizando o usuário será um passo importante para abolir estas situações da vida brasileira. Mas a viol6encia provoxcada pelo tráfico só será extinta com a liberação total da cannabis.
9. Hoje, a cannabis é plantada na Hungria, França, Canadá, Inglaterra, Portugal, China e Espanha. Com pesquisas genéticas, O Brasil poderia produzir em três anos a semente da cannabis sem o THC (o princípio psicoativo), para uso industrial.
10. A cannabis é uma matéria-prima estratégica para a sociedade sustentável. Ao contrário do petróleo, é um recusro renovável e limpo. Seu cultivo não necessita de agrotóxicos e tem alta performance produtiva, pois cresce em no máxino 110 dias (podendo ser associado a outras culturas). A cannabis favorece o princípio ecológico do desenvolvimento de regiões auto-sustentáveis, com plantações a fábricas lado a lado.
A luta pela plantação da Cannabis Sativa com uso industrial, já adotada por grifes internacionais como Adidas, Guess e Calvin Klein, é uma janela de otimismo para o futuro sustentável do planeta, após o fim do petróleo e seus derivados. A luta pela legalização da Cannabis fumada por milhões de pessoas se insere no avanço das liberdade individuais, um marca destfim de século.As duas lutas já começaram no Brasil. Sinto-me orgulhoso por participar das duas e sentir que, no Brasil, já há condições sociopolíticas para lançar a campanha que pode unir milhares de pessoas, iniciativas e criatividade pública.
É hora de discutir, agir e legalizar!

terça-feira, janeiro 27, 2004

Eis o primeiro post de vários!
Até que enfim iniciei o blog que queria fazer há um tempinho...

Portanto, sejam bem vindos ao FOLHA QUEIMADA!!! Esse blog visa, acima de tudo, liberdade de expressão. É destinado especialmente a pessoas que, mesmo fumando unzinho, levam a vida numa boa, cumprindo com todas as suas responsas! É, bem lá no fundo, uma tentativa de conscientizar a sociedade (pelo menos aquela que lerá esses textos!) de que não somos marginais apenas por fumar uma erva. Esse é o ponto de vista a ser discutido, e espero comentários sempre, mesmo sendo contra ou a favor das idéias aqui apresentadas.
Pra finalizar, tomo posse das (sábias) palavras de Marcelo D2:

"Eu não sou menos digno porque fumo maconha!"