Folha Queimada

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

ESCALA DE GRASS

A Escala de Grass (criada em Dezembro de 96 em uma "viagem espiritual") foi baseada na Escala de Glascow, que avalia o estado de um paciente comatoso.

É dada uma nota de 0 a 5 em três categorias: LARICA, RESPOSTA VERBAL e INTERAÇÃO COM O MEIO. Soma-se e com a pontuação é possível fazer o disgnóstico. Não existe uma hora certa para se fazer o teste. Sendo uma nota variável, é interessante calcular no início da chapadeira e sucessivamente, para ver que caminho você vai (ou fica).

BOA SORTE!

RESPOSTA À LARICA:
5 - Diz que está de dieta.
4 - Aceita algo doce.
3 - Decide fazer um lanche.
2 - Talvez um MacDonalds...
1 - Talvez uma churrascaria...
0 - Vai à uma churrascaria e na volta passa pelo MacDonalds.

RESPOSTA VERBAL:
5 - Fala palavras e forma frases de conteúdo.
4 - Fala palavras e forma frases sem conteúdo.
3 - Fala palavras mas nem forma frases.
2 - Resmunga.
1 - Só respira.
0 - Nem isso!

INTERAÇÃO COM O MEIO:
5 - Interage com o meio.
4 - Pseudo-interage com o meio.
3 - Se perde do meio.
2 - Não sabe no meio de que se meteu.
1 - Se esquece o que é meio.
0 - Dorme.

FÓRMULA DIAGNÓSTICA:
Gr = (RESPOSTA À LARICA) + (RESPOSTA VERBAL) = (INTERAÇÃO COM O MEIO)

Gr= 15-13 - Bom estado mental.
Gr= 12-10 - Estado mental duvidoso.
Gr= 9-7 - Sem compromisso intelectual.
Gr= 6-4 - Confusão mental.
Gr= 3-1 - Where is my mind?
Gr= 0 - Coma cannabiol.

Decálogo - Fernando Gabeira

Texto extraído do site: www.fortalnet.com.br/rkelmer/rkcannabis.htm em 10/05/2000.

DECÁLOGO
By Fernando Gabeira

Existe na natureza uma planta estratégica para o mundo moderno. Capaz de entrelaçar duas lutas vitais deste fim de século - o desenvolvimento sustentável e as liberdades individuais. Cannabis Sativa é o nome da planta. estratégica, porém proibida. A seguir, dez maneiras de dizer uma coisa só: Legalize!
1. Não é de hoje que a Cannabis Sativa é usada pelo homem. Em 2800 antes de Cristo ela já era cultvada pelos chineses para extração de fibra. As caravelas usads na descoberta da América tinham suas velas feitas a partir da Cannabis Sativa (mais tarde, Napoleão tentaria liquidar a Marinha britânica barrando a chegada da cannabis russa). estima-se que, no final do século passado, até 90% dopapel usado no mundo provinha de cannabis, da qual foi feita a primeira Constituição dos Estados Unidos. Os primeiros jeans também forma feitos da fibra da planta. De uma maneira ou de outra, a cannabis atravessa toda a história da Humanidade.
2. Seria, então, uma planta milagrosa? Quase. Da cannabis pode-se extrair 25 mil produtos de uso esencial para a sociedade moderna. Roupas, calçados, produtos de beleza, óleo de cozinha, chocolate, sabão em pó, papel, tintas, isolantes, combustível, material de construção, carrocerias de carro e muitos outros produtos fazem da cannabis uma matéria-prima valiosa para a indútria mundial.
3. A cannabis sempre foi usada como instrumento religioso. Suas sementes eram queimadas pelos sacerdotes para produzir transes místicos. Seu uso com fins recreativos começou entre os gregos, nos grandes banquetes.
4. O uso industrial da Cannabis Sativa foi em grande parte sufocado por uma campanha agressiva de um concorrente direto: a indústria do petróleo. Em 1940, Henry Ford chegou a produzir um carro com a fibra da cannabis e movido a óleo da semente da planta. Nos anos seguintes os conservadores norte-americanos procuraram estigamatizar a planta, atacando seu uso como droga e apelidando-a de Marijuana - um apelo ao racismo contra os mexicanos. a campanha resultou na proibição da Cannabis Sativa nos EUA.
5. Também no Brasil, as dificuldade para o uso industrial da cannabis provêm de uma campanha de viés racista contra a maconha. Os negros africanos que chegavam como escravos traziam as sementes em suas tangas e se reuniam à noite para fumar e cantar. Cientistas procuraram depreciar aquele hábito, tentando, sem sucesso, evitar sua difusão entre os brancos.
6. A cannabis tem um grandes poder medicinal. Na China era usada como anestésico. Hoje, é considerada um grande remédio contra o enjôo provocado pela quimioterapia contra o câncer. É aceita também no tratamento de glaucoma e pode ser usada contra a asma e o estresse. Muitos pacientes com AIDS a utilizam para abrir o apetite e ganhar peso, reunindo forças para resistir.
7. As pesquisas médicas indicam que a cannabis faz menos mal que o tabaco ou o álcool. Diferente este, é inofensiva para terceiros, pois não provoca agressividade ou descontrole emocional. Não há indícios de dependentes de cnnabis nas clínicas brasileiras. Diz-se que a dose mortal de cannabis são dois quilos jogados do 25º andar de um prédio.
8. A proibição do uso da cannabis sativa tem sido pretexto para uma das formas mais hipócritas de violência contra o cidadão. Pessoas de bem são abordadas como criminosos e arrancadas de sua tranqüilidade, nos já famosos "teatros" de agressão e extorsão da polícia. A lei encaminhada no Congresso discriminalizando o usuário será um passo importante para abolir estas situações da vida brasileira. Mas a viol6encia provoxcada pelo tráfico só será extinta com a liberação total da cannabis.
9. Hoje, a cannabis é plantada na Hungria, França, Canadá, Inglaterra, Portugal, China e Espanha. Com pesquisas genéticas, O Brasil poderia produzir em três anos a semente da cannabis sem o THC (o princípio psicoativo), para uso industrial.
10. A cannabis é uma matéria-prima estratégica para a sociedade sustentável. Ao contrário do petróleo, é um recusro renovável e limpo. Seu cultivo não necessita de agrotóxicos e tem alta performance produtiva, pois cresce em no máxino 110 dias (podendo ser associado a outras culturas). A cannabis favorece o princípio ecológico do desenvolvimento de regiões auto-sustentáveis, com plantações a fábricas lado a lado.
A luta pela plantação da Cannabis Sativa com uso industrial, já adotada por grifes internacionais como Adidas, Guess e Calvin Klein, é uma janela de otimismo para o futuro sustentável do planeta, após o fim do petróleo e seus derivados. A luta pela legalização da Cannabis fumada por milhões de pessoas se insere no avanço das liberdade individuais, um marca destfim de século.As duas lutas já começaram no Brasil. Sinto-me orgulhoso por participar das duas e sentir que, no Brasil, já há condições sociopolíticas para lançar a campanha que pode unir milhares de pessoas, iniciativas e criatividade pública.
É hora de discutir, agir e legalizar!